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Sunday, July 12, 2009

Redes Sociais, Twitter e Blogs – Ferramentas de relacionamento

“Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet estão dando um verdadeiro show de interatividade no Twitter. Eu diria que hoje, depois de pilotar, ‘twittar’ é a segunda prioridade deles. É realmente uma revolução. Uma proximidade com o torcedor sem precendentes, e sem controle dos que fazem assessoria de imprensa das equipes. Um grito de liberdade.”
Flávio Gomes – jornalista da ESPN


Neste momento em que vivemos, a história dos meios de comunicação pode ser dividida em A.I. e D.I., ou seja, antes da internet e depois da internet.

Antes da internet, a posse e a criação de um meio de comunicação demandava além de influência política (para obtenção de concessões quando fossem necessárias), uma quantidade significativa de recursos para os investimentos a serem realizados. Até então existia o grande triunvirato jornal-rádio-televisão, surgidos nesta ordem. Freqüentemente, um grupo de comunicação tinha a posse dos três veículos, utilizando os mesmos profissionais em mais de um dos mesmos.

A criação de conteúdo sempre foi um grande problema para os meios de comunicação tradicionais. Com efeito, preencher 24 horas de programação no caso de rádios e televisões e dezenas de páginas de jornal todos os dias, não é tarefa fácil e muito menos barata. Vários profissionais de produção trabalham sem parar o dia inteiro e seu custo não é nada barato. Consequentemente a entrada de novos “players” no mercado da comunicação nunca foi simples.

A criação da internet mudou uma série de paradigmas neste universo. A “rede das redes” é um veículo por meio do qual diversos conteúdos diferentes podem ser transmitidos com custos que são uma ínfima fração daqueles demandados pelos meios tradicionais de comunicação.

Além disto a internet, de alguma forma, desperta o altruísmo em muitos de seus usuários. Profissionais que normalmente cobram pelo seu trabalho, dispoem-se a oferecer seu conhecimento de forma gratuíta.

Para quem acompanha a internet desde seu lançamento comercial (ocorrido em 1995 no Brasil), já era lógico que o futuro da rede naquela época é o que se vê agora. Uma oferta altamente segmentada de conteúdo, onde há um pouco de tudo para todos.

A quantidade de vídeos que é lançada na internet todos os dias está formando uma biblioteca virtual contendo uma enorme parte da produção áudio-visual da humanidade nos últimos séculos. O Google tem em pleno andamento um projeto para scannear todos os livros já publicados no mundo e armazená-los na rede. Enfim, exemplos como estes são a cada dia mais numerosos.

Já os meios tradicionais de comunicação ainda tem dificuldades em entender a filosofia de anarquia da internet. Com efeito, ninguém é dono da internet. Mesmo que algum país muito importante cortasse os seus acessos a rede, ela continuaria a existir sem problema algum, pois sua administração não é centralizada.

E a quantidade de dinheiro disponível não é um fator na hora de levar o usuário a assistir um ou outro conteúdo. Mais importante do que isto é o fator viral, onde o boca-a-boca, ou melhor ainda, email-a-email transforma conteúdos desconhecidos em sucessos mundiais em questão de horas.

Eu tenho dito a muito tempo que “só faz sucesso na internet o que lida com a interação entre pessoas”. Os maiores sucessos na rede são o email, msn, chat, enfim, ferramentas de comunicação.

Poucos anos atrás um novo fenômeno surgiu, as redes sociais. Tratam-se de sites que permitem aos usuários criarem um perfil na internet com fotos, vídeos preferidos e outros conteúdos. Permitem além disto a comunicação entre os usuários (ver parágrafo acima) com troca de mensagens , depoimentos e compartilhamento de preferências em comunidades.

Do ponto de vista do proprietário da rede social, ele obtém aquele que é o maior custo de um meio de comunicação tradicional de forma gratuíta: o conteúdo. Com efeito são os próprios usuários de uma rede social que geram o seu conteúdo, de forma gratuíta !

Além das redes sociais, outras ferramentas de “conteúdo colaborativo” como são chamadas também surgiram. Entre estas destacam-se os blogs e os wikis. Os wikis são sites que se organizam na forma de enciclopédias e que são criados pelos próprios interessados de maneira livre.

Finalmente entre 2008 e 2009 surgiu um novo fenômeno que são os chamados micro-blogs, onde reina hoje o Twitter. Um blog que permite que um usuário narre o seu dia-a-dia e que aqueles interessados em conhece-lo acompanhem o que ele está fazendo. É o voyeurismo virtual em tempo real.

Estas ferramentas podem e devem ser utilizadas por empresas e profissionais. Até porque se não o forem utilizadas por ele, o serão por seus adversários.

Entretanto é importante estar assessorado por quem entende do assunto. Não apenas agências de comunicação tradicionais. Estas hoje, estão usando as ferramentas que eram previstas 5 ou 10 anos atrás. É preciso estar assessorado por quem sabe o que virá por aí, nos próximos 5 ou 10 anos para estar na frente dos adversários.

Segundo Dale Carnegie, o patrimônio mais importante de uma pessoa é o seu nome próprio. As pessoas não querem ser tratadas como “massa”. A customização da comunicação, onde a pessoa sente que é importante e que o remetente de alguma forma usou uma parcela de seu tempo pensando nela, escrevendo para ela, é um dos mais fortes elementos de ligação possíveis de serem construídos em uma relação.

O mais importante é sempre lembrar que trata-se de comunicação pessoal. E que há seres humanos dos dois lados da linha. Tratar os outros como gostaríamos de ser tratados é a chave do sucesso nesta caminhada e nesta vida.

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